Segundo estudiosos das universidades americanas Columbia e Stanford, a
meditação atua sobre o estresse porque, quando a mente se aquieta, a produção
de adrenalina e cortisol (hormônios liberados em situações de estresse) é
inibida, enquanto a de endorfina (um tranquilizante e analgésico natural tão
poderoso quanto a morfina) é estimulada. Só isso já seria um bom motivo para
meditar. No entanto, quando deixamos de lado as preocupações com o físico e nos
voltamos para o aspecto espiritual, meditar torna-se quase uma necessidade.
Hoje, já sabemos que fazer coisas demais, ao mesmo tempo, sem um propósito claro, aprazível e equilibrado, gera alterações fisiológicas, emocionais, mentais e espirituais indesejáveis. Essas alterações são chamadas de distúrbios, e sua causa primeira foi batizada de estresse.
Em termos gerais, o estresse se caracteriza pela elevação de tensão no
organismo. Essa tensão, entretanto, é necessária para que possamos enfrentar
momentos específicos de alerta, desafio ou perigo. Ela é necessária para a
manutenção da vida. Porém, quando não nos adaptamos às constantes mudanças ao
nosso redor e não somos capazes de sair desse estado de tensão naturalmente,
nele permanecendo prolongadamente e sem necessidade, significa que estamos
imersos no mau estresse - também chamado de estresse crônico. É ele que vai,
progressivamente, deteriorando um bem imensamente precioso - a saúde.
São vários os distúrbios decorrentes do mau estresse, mas os gastrointestinais,
a hipertensão, dores de cabeça, insônia, taquicardias e quadros de ansiedade já
fazem parte do cotidiano de todos nós. A nomenclatura médica os divide em
distúrbios do estresse e distúrbios psicossomáticos, e já propõe outras formas
de abordagem, prevenção e controle. Entre elas, está a meditação.
Os Benefícios da Meditação
Os trabalhos de pesquisa do psicólogo e filósofo norte-americano Daniel Goleman
(o autor do bestseller Inteligência Emocional) ressaltam a eficiência das práticas
meditativas no controle dos distúrbios do estresse. Sua tese inicial baseou-se
em suas observações e experiências pessoais. É ele quem diz:
“Enquanto estive na Índia, em 1971, conheci muitos yogis indianos, lamas
tibetanos e monges budistas. Fiquei assombrado com a serena cordialidade, a
receptividade e a prontidão daqueles homens e mulheres, não importa a situação.
(...) Havia grandes diferenças em suas crenças e em seus antecedentes. A única
coisa que compartilhavam era a meditação.”
Esse é, sem dúvida, um dado muito importante - a prática meditativa é um
processo acessível a todos, independentemente das diversidades culturais,
sociais, religiosas e políticas. Uma vez que os processos fisiológicos,
emocionais, mentais e espirituais são inerentes a todos os seres humanos,
torna-se possível a experiência da meditação.
- recuperação mais rápida após situações de grande excitação/ameaça;
- aumento da capacidade de concentração e conseqüente diminuição dos estados de dispersão;
- aumento das defesas imunológicas;
- decréscimo da pressão arterial;
- alívio das dores no caso de angina e arritmias cardíacas;
- redução de dores crônicas;
- diminuição dos níveis de colesterol ruim no sangue;
- aumento do fluxo de sangue para o coração;
- melhoria da regulação de glicose em diabetes adquirido na idade adulta;
- melhoria das vias aéreas comprimidas em caso de asma.
Essas valiosas constatações viabilizam a prática da meditação para aqueles que
nunca imaginaram que isso fosse possível ou necessário. E muito embora a
meditação não tenha sido concebida como um tratamento ou uma forma de terapia,
cada vez mais pessoas no mundo todo utilizam suas técnicas para conseguir
alívio para seus sofrimentos.
Fundamental colocar o endereço!!
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